
A Sicília é uma região ao sul da Itália formada por uma ilha principal e um arquipélago de ilhas menores. Com pouco mais de 5 milhões de habitantes, distribuídos por seus 25.710 km², é a segunda maior região da Itália, atrás apenas do Piemonte. Sua capital é a encantadora cidade de Palermo, que com seus 1,2 milhão de habitantes é a quinta maior cidade do país. Sua ilha principal, com o característico formato triangular celebrado até em sua bandeira, é banhada pelos mares Tirreno, a oeste, Jônico, a leste e Mediterrâneo, ao sul.
O lugar possui uma riquíssima história, já tendo pertencido aos gregos, romanos, fenícios, bárbaros, bizantinos, árabes, normandos e espanhóis. Essa miscelânea deu origem a um dos lugares de maior diversidade cultural da Itália. Alie isso à uma gastronomia mediterrânea de excelência, às lindas paisagens naturais e ao mar de uma cor de tirar o fôlego e está pronta a receita para um destino perfeito.
Não foi à toa que Goethe teria dito: "A Sicília é a chave de tudo".
A melhor maneira de chegar ao destino é pela Alitalia, companhia aérea de bandeira da Itália, que é especialista no destino. Com voos diários partindo de São Paulo, no Boeing 777-200, e Rio de Janeiro, no A330, onde você pode optar entre as classes Magnifica, sua executiva, Classica Plus, sua econômica premium ou a Classica, sua econômica.
Os voos chegam à Roma, seu hub, mas após uma rápida conexão você pode embarcar em Palermo ou Catania. É a melhor rota!

Em sua nova classe Magnífica, por exemplo, você vai torcer para o voo nunca terminar!





As classes Classica Plus e Classica também estão passando por processo de renovação e estão ficando ainda melhores, oferecendo uma boa experiência mesmo na econômica.


A região tem tanto a oferecer que pode perfeitamente ser o destino exclusivo de sua viagem ou você pode combinar com outras regiões da Itália, da Europa ou mesmo do norte da África. São praticamente infinitos os roteiros possíveis.
Nossa viagem teve início em sua capital, Palermo. Uma cidade linda, às margens do Mar Tirreno. Passamos dois dias na capital siciliana e foi pouco, pois eram muitas as atrações oferecidas.

Tivemos a oportunidade de conhecer o Palazzo Reale e a joia nele abrigada, a Capela Palatina. Datada do ano de 1132, ela é ricamente decorada e uma visita absolutamente imperdível.





Construído pelos normandos, o palácio é hoje a sede do poder legislativo da Região da Sicília.
Percorrendo a pé o centro histórico do destino, logo chegamos à praça que abriga a catedral da cidade, cuja construção teve início em 1185, também pelos normandos.


Palermo é um museu a céu aberto e a cada esquina nos deparamos com uma surpresa que encanta.


Caso não queira se cansar caminhando existem outras maneiras interessantes de conhecer a cidade.

Nos restaurantes da cidade os pratos são de encher os olhos e abrir o apetite. Aliás, a cozinha siciliana é um capítulo à parte. Vários pratos que conhecemos, como a caponata de berinjela e o canolo, têm sua origem na Sicília.





A região também é uma tradicional produtora de ótimos vinhos.



Vale muito visitar os mercados locais e aprender sobre os ingredientes utilizado na maravilhosa culinária local, de base mediterrânea e intenso uso de peixes e frutos do mar.

Palermo também abriga o lendário Teatro Massimo, o terceiro maior da Europa e imortalizado no filme O Poderoso Chefão III.



A região sempre oferece uma riquíssima programação cultural. Caso seja possível, assista uma apresentação, de preferência no privilegiado Palco Real, que era originariamente reservado à família real e possui uma visão privilegiada do palco. Também vale muito a pena fazer uma visita guiada e aprender um pouco mais sobre o local.

Saindo de Palermo e após uma viagem de apenas 25 minutos, chegamos à encantadora Monreale. Uma pequena cidade localizada nas montanhas, com uma linda vista e uma imponente catedral datada do século XII.




Aproveitamos a visita à cidade para conhecer um pouco mais sobre uma tradição siciliana: os mosaicos.

Pegamos a estrada e andamos cerca de 120 quilômetros para leste até a província de Trapani. É la, a cerca de 800 metros acima do nível do mar, que está localizada a pequena Erice, quase toda feita de pedra e local de fortalezas que remontam à antiguidade.


Tiramos muitas fotos das construções históricas e da linda vista.





O melhor mesmo é se deixar perder pelas estreitas ruas, visitar as lojas de artesanato local e degustar seus famosos doces.

Continuamos nossa viagem pela província de Trapani, famosa por sua produção de sal. Aproveitamos para conhecer algumas de suas tradicionais salinas.


E chegamos à cidade de Marsala, Porto de Deus em árabe, célebre pelo vinho homônimo ali produzido. Foi em um dos principais produtores, a Cantina Florio, que fizemos uma incrível degustação dirigida dos vinhos locais. Incrível!


Depois de Marsala, no caminho para Agrigento, fizemos uma rápida parada em uma praia muito linda. Scalla dei Turchi, também chamada de Escada dos Turcos, é uma praia rochosa composta de uma pedra sedimentar chamada marga. Sua incomum cor branca contrasta lindamente com as águas azuis do Mediterrâneo. O lugar é muito concorrido e imperdível!


Após mais alguns quilômetros de estrada chegamos à Agrigento. O lugar é famoso por abrigar o lendário Vale dos Templos, com uma série de templos construídos pelos gregos há cerca de 2.500 anos.




Pouca gente sabe, mas a Sicília possui mais templos gregos que a própria Grécia. E em melhor estado de conservação também!
Depois de nos fascinar com Agrigento fomos conhecer a cidade de Ragusa. Localizada a uma altitude de mais de 500 metros, em meio a um clima ameno, a cidade abriga alguns lindos exemplos da arquitetura siciliana, como a Catedral de São João Batista, que data de 1718.




Outro ótimo exemplo da arquitetura barroca da Sicília foi nosso próximo destino, a cidade de Noto. Essa parte da ilha foi destruída por um terremoto em 1693 e posteriormente foi toda reconstruída em estilo barroco, mas o barroco siciliano é diferente do tradicional barroco europeu e é isso que o torna tão especial.
Noto é um clássico exemplo desse tipo de arquitetura.


Nossa parada seguinte foi a cidade mais antiga da Sicília, fundada pelos gregos. Com 2.700 anos de idade, o que não falta a Sirucusa é história para contar.
Ela possui um sítio arqueológico de mais de 24 km², declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, cuja visita é absolutamente imperdível.



Para conhecer completamente apenas essa parte da cidade seriam precisos 2 dias inteiros.
A parte mais charmosa da cidade é a Isola de Ortigia, com suas ruas estreitas, seus cafés e sua exuberante catedral.



Vale muito a pena se perder ali por algumas horas e flanar a esmo. Também foi preciso reservar algumas horas para sentar e admirar o mar de Siracusa. Lindíssimo!

E foi em Catania que nos despedimos da Sicília. Catania, sempre associada ao Etna, o vulcão ativo mais alto da Europa. Ele realmente domina a paisagem com sua imponência.



Realmente a Sicília nos encantou. Podemos parafrasear Mario Puzo dizendo que ela nos fez uma oferta que não pudemos recusar.
Uma região encantadora, com uma diversidade cultural ímpar, uma culinária que conquista, paisagens de tirar o fôlego e o mar que tem mantido sua beleza através dos milênios de sua história.
Sem dúvida foi uma viagem que nos fez abrir os olhos para o fato da Itália ser muito mais que apenas Roma, Florença e Veneza.
Faça como os gregos, romanos, normandos, espanhóis, fenícios, bárbaros e bizantinos: Descubra a Sicília! Ao invés de conquistá-la, temos certeza que é ela que vai conquistar você!
Boa viagem!
Texto e fotos: Fabio Macedo.
O Falando de Viagem viajou para a Sicília a convite da Alitalia, USEF e Regione Siciliana.
E você, conhece a Sicília? Quais cidades visitou? Gostou? Recomenda? Conte para nós a sua experiência!